quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Direitos Humanos em Amparo



Vivemos, atualmente, um momento de retrocesso nos movimentos ligados aos direitos humanos. No feminismo, ações como a da banda Pussy Riot (“Revolução da Vagina”), do grupo ucraniano FEMEN ou da Marcha das Vadias (que ocorre em várias cidades do país) são vistas pelo grande público como atentado ao pudor e aos bons costumes, isso quando não são vistas com um viés totalmente distorcido, como se as manifestantes quisessem só uma desculpa para se mostrarem seminuas e/ou escandalizar as massas conservadoras. Enquanto isso, comerciais de TV e novelas, que só fundamentam cada vez mais a teoria machista da mulher como objeto sexual e sexo frágil, não são questionados. Acontece a mesma banalização no movimento LGBTTTs (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) quando se destaca a Parada Gay, associada mais como uma festa de permissividade generalizada a uma marcha de protesto contra o preconceito e a violência sofrida pelas pessoas de orientações sexuais distintas à heterossexualidade. Já o movimento negro é dado como “luta vencida”, mas na verdade o racismo existe de forma silenciosa dentro da nossa sociedade e ainda impõe barreiras para os negros que desejam ascensão social. As cotas para negros dentro da universidade são vistas com desconfiança e ainda não são amplamente aceitas como medida compensatória do processo histórico que o negro sofreu na sua marginalização da sociedade.
Quebrando falsas premissas
As mulheres ainda sofrem abusos morais e sexuais nas ruas, no ambiente de trabalho e dentro de casa; os pais, as escolas, empregadores e outros ambientes sociais ainda não estão preparados para aceitar e respeitar pessoas homossexuais e os negros continuam vendo as portas de seus sonhos fechadas para eles. Por conta destes problemas, existe a demanda de políticas públicas que atuem na sociedade de modo que possamos proteger os direitos humanos de todas as comunidades e aprender a lidar com as diferenças que fazem parte de nossa vida cotidiana. Nós, da Militância Socialista de Amparo, queremos:

  • Criação de Centros Comunitários de Referência ao Idoso/à Mulher/ao Negro/ao Deficiente.
  • Capacitação dos professores das escolas para um melhor tratamento às crianças que sofrem abusos de seus colegas por apresentarem características diferentes das demais.
  • Organização de cursos, debates, fóruns, festivais, entre outros eventos voltados a educar a população sobre os seus direitos.
  • Criação de uma Delegacia da Mulher, para o atendimento à mulher e ao menor de idade nos casos de violência doméstica, atendimento psicossocial e instrução judicial a respeito de seus direitos frente às adversidades.
  • Criação de um Conselho de Proteção dos Direitos Humanos, cuja atribuição seria monitorar o impacto das políticas públicas na proteção e efetivação dos direitos humanos, como também de investigar as violações de direitos humanos no território do Município